segunda-feira, 26 de abril de 2021

Intimidade com cachorros

 


 Desde que me entendo por gente que lido com cachorros, meus pais tinham um cachorro Buck e depois vieram Bolinha e Pery dois pequineses, que andavam soltos pela casa. Buck ficava preso no quintal  pois as pessoas tinham medo e corria o risco dele morder alguém, mas conosco buck era dócil, a medida que fui crescendo, dava banho nele, tratava bicheira, éramos amigos.  Me lembro de mesmo criança o afeto que passávamos para os cachorros era passar a mão na cabeça deles.

Já adulta, casada, trouxemos Bonny nossa datsund para nossa casa, e praticamente adotamos o pastor alemão de nosso vizinho Gingo. Quando nosso primeiro filho nasceu Gingo ficava na porta do quarto do bebê e só quem entrava era eu ou meu marido. Depois vieram mais cachorros hoje 38 anos depois, pela nossa casa passaram 17 cachorros, e todos dóceis e tranquilos. 

Tínhamos por regra na alimentação do cachorros colocar a comida, o mais velho comia depois outro e mais outro, se faltasse colocava mais num prato só, não havia brigas, todos esperavam tranquilamente a sua vez. Como mostra a foto.

 


                    

Em 2012 chegou Nina uma border collie que uma sobrinha encontrou nas ruas de Salvador, ela devia ter uns 6 meses, tinha coleira portanto deve ter fugido de casa, deve ter passado um tempo na rua pois estava maltratada e completamente carente. A medida que foi cuidada, Nina foi se mostrando um animal alfa, lembrando que a raça border collie é usada para pastoreio de ovelhas,  o que dava para ver quando ela tentava empurrar Ozzy um vira lata que tínhamos, e Cindy uma mistura de vira lata com dálmata, Cindy era dócil e super tranquila. 

 Mas logo Nina começou a rosnar e passar na frente de Ozzy, para isso teve de ser educada esperar a sua vez, já  que ela era a mais nova.  Cindy, que já havia passado por duas cirurgias de remoção de tumores cancerígenos, comia comida feita em casa. 

   



Mas nunca em nenhum momento das nossas vidas nem eu, nem meu marido ensinamos nossos filhos a beijar os cachorros e nem vimos amigos fazerem esse gesto. Não sei de onde veio esse costume, talvez de gente desconectada do mundo canino que não sabe que cachorro lambe o cu e gosta de cheirar o fiofó de outros cachorros. Nina não faz isso, mas Ozzy fazia e Cindy lambia a vulva. Portanto ao deixar seu cachorro lamber seu rosto lembre-se que ele lambeu o fiofó.

 Escrevi esse texto por repetido na minha vida que é o fato de Nina não gostar de crianças. Quando ela chegou aqui só tinha adultos, anos depois meu filho veio nos visitar e trouxe meu neto com seis meses ela não tinha contato pois era um bebê ainda assim ela ficava na dela. Depois veio a minha neta e com dois anos e foi brincar com ela e ela rosnou parecendo que ia morder, a menina ficou assombrada e a minha filha com trauma eterno, um motivo para pouco vir na minha casa. Ontem chegou uma sobrinha e trouxe a sua filhinha de 3 anos Cora, que ao chegar alisou a cabeça de Nina cumprimentando-a, na hora de ir embora Nina estava sentada perto de mim Cora foi se despedir dela passou a mãozinha na cabeça de nina e aproximou-se para beijá-la ela rosnou parecendo que ia mordê-la mas não mordeu nem ao menos sujou o rosto da menina com baba. E foi um alerta pra mim, no sentido de  que ao chegar visitas com crianças deixar claro que Nina não é acostumada com crianças portanto tem de manter distãncia. E para minha sobrinha, para que ela ensine a filha que não se deve beijar animais, não é só o cachorro é nenhum animal, tocar com carinho, alisar o pelo se tiver intimidade com o animal ele for dócil pode até ser, mas beijar não. Especialmente se for um animal de grande porte, ele tem de mostrar que é mais forte e uma criança é uma criança, é pequena, frágil e por isso mesmo tem pais para ensiná-la a viver, onde os limites estão estabelecidos e as regras  da vida, tem de ser respeitadas, para um crescimento sadio e equilibrado com tudo que a cerca. 

 Ressaltei o texto para o beijo, pois hoje é comum vermos filmes na internet de pessoas beijando seus cães, será que elas sabem, onde a língua dele andou?                        

          


    

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário